A forma como sua empresa gerencia o acesso a sistemas e dados pode parecer funcional, mas na prática, já não acompanha os riscos atuais. E quando a confiança está mal colocada, o prejuízo é questão de tempo.
Com a expansão do trabalho remoto, uso de SaaS e ambientes híbridos, o perímetro de segurança tradicional deixou de existir. Ainda assim, muitas empresas continuam operando com modelos baseados em confiança implícita — um risco crescente.
A Forrester reforça: identidade e acesso são os novos perímetros da segurança digital e quando mal gerenciados, se tornam a principal brecha.
Embora o modelo de Zero Trust Network Access (ZTNA) já seja amplamente conhecido e recomendado por instituições como o Gartner, muitas empresas ainda não conseguiram aplicá-lo de forma eficaz. Em vez de controle granular e acesso segmentado, o que se vê na prática são redes baseadas em confiança implícita, VPNs ultrapassadas e pouca visibilidade sobre o que realmente está sendo acessado.
Neste artigo, reunimos 4 sinais de que sua estratégia de acesso precisa mudar, antes que as brechas se tornem inevitáveis.
1. Você ainda depende de VPN tradicional para acesso remoto
Mesmo com o avanço da computação em nuvem, aplicações SaaS e trabalho híbrido, muitas empresas seguem operando com VPNs como porta de entrada principal. O problema? Essa tecnologia foi desenhada para um mundo que já não existe mais.
Em sua avaliação de 2024, o Gartner destacou que as VPNs tradicionais não oferecem segmentação adequada de acesso e são “inerentemente frágeis para os requisitos modernos de segurança”. Na prática, isso significa que uma vez conectado via VPN, o usuário ganha acesso a partes da rede que nem sempre são necessárias, aumentando a superfície de ataque e abrindo caminho para movimentação lateral.
Além disso, a VPN representa um gargalo para performance e escalabilidade, especialmente em cenários com múltiplos dispositivos e colaboradores remotos. A experiência do usuário piora, a visibilidade diminui e o risco operacional aumenta.
Com uma arquitetura ZTNA, o modelo se inverte: o acesso não parte da rede para o usuário, mas da aplicação para o perfil do usuário, com base em identidade, dispositivo, localização e comportamento. Isso permite acesso direto, controlado, invisível para terceiros e extremamente difícil de ser explorado por agentes maliciosos.
ZTNA não é uma “evolução da VPN”. É um modelo completamente diferente — mais alinhado com o mundo atual.
2. O acesso ainda é concedido de forma ampla e pouco segmentada
Se na sua empresa ainda é comum liberar acesso com base em cargos, departamentos ou “necessidade aproximada”, é sinal de alerta. Essa prática, conhecida como acesso amplo ou “overprovisioning” não só viola princípios de segurança, como também vai na contramão das recomendações atuais do setor.
De acordo com a IDC, 75% das organizações não conseguem aplicar o princípio do menor privilégio de forma consistente em seus ambientes híbridos. Isso significa que usuários têm mais permissões do que realmente precisam, e, em caso de comprometimento, o estrago pode ser muito maior do que o necessário.
Além disso, ambientes mal segmentados dificultam o controle e a detecção de acessos indevidos. Um atacante que obtém uma única credencial válida pode se mover lateralmente com facilidade, especialmente se não houver micro segmentação nem autenticação contextual.
Com uma abordagem baseada em ZTNA, o acesso deixa de ser um “passe livre” para a rede e passa a ser concedido por aplicação, de forma dinâmica, validando identidade, contexto e postura do dispositivo a cada tentativa de conexão.
É uma mudança de arquitetura que fortalece a segurança sem travar o dia a dia do time. Pelo contrário, quanto mais segmentado, mais simples de controlar.
3. Você não tem visibilidade clara sobre quem acessa o quê
Um dos maiores riscos hoje não é o ataque em si é não saber que ele está acontecendo.
Sem visibilidade sobre os acessos, a empresa opera no escuro: não sabe quem está acessando aplicações críticas, de onde vêm esses acessos, se estão dentro da política ou se há movimentações suspeitas acontecendo agora, em tempo real.
Esse “ponto cego” abre espaço para ataques persistentes e silenciosos exatamente o tipo de ameaça que passa despercebida até que já seja tarde demais.
A boa arquitetura de segurança moderna não se baseia apenas em bloqueios. Ela é construída sobre telemetria rica, análises comportamentais e capacidade de resposta rápida.
Com uma solução ZTNA robusta, como a oferecida pela Zscaler, cada acesso gera logs detalhados, alertas em tempo real e inteligência acionável. Isso permite que a equipe de segurança atue de forma proativa, bloqueando acessos incomuns antes que virem incidentes.
Em um mundo onde tudo é distribuído, visibilidade é o novo requisito mínimo para controle.
4. Seu time de TI vive apagando incêndios com permissões e exceções
Quando a gestão de acessos depende de ações manuais, planilhas ou regras estáticas, o time de TI acaba preso em uma rotina operacional que consome tempo, gera falhas e dificulta o crescimento.
A cada mudança de função, contratação, demissão ou novo parceiro, é preciso revisar permissões, ajustar perfis, atualizar regras e, muitas vezes, fazer concessões para “não travar o negócio”.
O resultado? Uma arquitetura inconsistente, cheia de exceções, com brechas que se acumulam e que ninguém mais consegue mapear com clareza.
Com uma abordagem moderna, baseada em ZTNA e políticas dinâmicas, o acesso deixa de ser gerenciado caso a caso. Ele passa a responder a parâmetros objetivos: identidade, localização, tipo de dispositivo, nível de risco. Tudo isso de forma automatizada, auditável e alinhada às necessidades reais de cada usuário.
Ou o acesso é inteligente e sustentável ou vira um gargalo para toda a operação.
Hora de repensar e reestruturar
ZTNA não é apenas uma tendência. É um passo necessário para qualquer empresa que queira segurança real, visibilidade total e uma estrutura que acompanhe a complexidade do ambiente atual.
Mais do que adotar uma nova tecnologia, trata-se de mudar o modelo mental: sair do acesso baseado em confiança implícita e migrar para uma arquitetura baseada em identidade, contexto e controle dinâmico.
Na HYPE, ajudamos empresas a dar esse passo com segurança, estratégia e fluidez. Atuamos como integradores conectando o cenário atual da sua operação às melhores práticas e tecnologias do mercado.