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Quando a nuvem volta, mas a sua operação não: o que a última instabilidade global revelou sobre a dependência da rede

Nos últimos anos, a adoção da nuvem se tornou pilar estratégico da digitalização das empresas. Afinal, ela traz escalabilidade, disponibilidade geográfica e velocidade para colocar produtos no ar. Porém, nos últimos dias, uma instabilidade global em um grande provedor de nuvem deixou empresas do mundo inteiro enfrentando lentidão, falhas de acesso e serviços indisponíveis.

Mas um detalhe importante passou despercebido por muitos: em diversos casos, o problema não estava exatamente na nuvem e sim na rede corporativa tentando se recuperar do impacto.

Quando os sistemas voltaram, vários times ainda permaneceram parados. Por quê?

Porque a rede não aguentou o volume de reconexões, tráfego extra de aplicações e picos de acesso simultâneo. Ou seja: mesmo quem estava “no ar” continuou “fora do jogo”.

Isso expõe um ponto crítico: A performance da rede se tornou um fator determinante para a produtividade digital.

Segundo a Cisco, 92% das organizações afirmam que a experiência do usuário está diretamente ligada à performance da conectividade corporativa. Na prática, isso significa que, mesmo com a nuvem funcionando, uma rede congestionada pode simular um cenário de queda. E o resultado é o mesmo: operação parada, clientes insatisfeitos, perda financeira e desgaste interno.

A dependência de múltiplos serviços externos também aumenta a complexidade. Plataformas SaaS, autenticação via terceiros, aplicações distribuídas em nuvem pública e privada, tudo isso exige uma comunicação constante, rápida e estável.

Quando há falhas, a avalanche de tentativas automáticas de reconexão (os chamados retry storms) rapidamente satura o backbone corporativo, transformando segundos de indisponibilidade em horas de indisposição operacional.

A verdade é clara: a nuvem pode até voltar primeiro, mas sem rede pronta, a operação continua fora do ar.

E esse risco é muito maior do que muitos CIOs conseguem enxergar no dia a dia.

Empresas que trabalham com ambientes híbridos já perceberam que não basta avaliar apenas o SLA do provedor. É preciso avaliar a jornada completa do dado: do usuário remoto ao data center, do sistema local ao serviço SaaS, do endpoint ao banco de dados distribuído. 

Cada salto de rede é uma possível barreira à continuidade. E é exatamente por isso que o conceito de resiliência digital precisa ser revisto.

Ela não está apenas na cópia de segurança.Não está apenas em múltiplas zonas de disponibilidade. Ela está na capacidade da rede em sustentar o ritmo do negócio, inclusive quando tudo foge do normal.

Operações verdadeiramente preparadas não entram em colapso diante de um incidente.
Elas se adaptam, absorvem o impacto e continuam entregando experiência ao usuário.

E essa capacidade não se compra prateleira, se constrói.

É aqui que uma integradora especializada faz diferença: entendendo os padrões de tráfego, ajustando políticas de prioridade, monitorando de forma preditiva e garantindo que a infraestrutura de rede evolua junto com a operação.

Porque, no fim das contas, a continuidade existe na prática quando o usuário nem percebe que houve um problema.

A próxima instabilidade ainda não tem data.
A pergunta é: sua rede vai estar pronta?